Vereador foragido por matar sobrinho no Paraná é processado por falas misóginas em sessões da câmara; VÍDEO

  • 05/09/2024
(Foto: Reprodução)
Ministério Público ajuizou ação civil pública contra Zé Odílio (MDB), afirmando que vereador proferiu ofensas às mulheres em pelo menos três oportunidades diferentes. g1 tenta identificar defesa dele no caso. Vereador foragido por matar sobrinho é processado por falas misóginas em sessões da câmara O vereador José Odílio dos Santos (MDB), de Reserva, nos Campos Gerais, está sendo processado pelo que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) define como falas misóginas proferidas em sessões da Câmara Municipal. De acordo com o MP-PR, as declarações foram dadas em pelo menos três oportunidades diferentes. Duas foram gravadas pela transmissão oficial feita pela casa nas redes sociais. Assista acima. "Zé Odílio", como é conhecido, também é réu por homicídio triplamente qualificado, relacionado ao assassinato do próprio sobrinho. Saiba mais abaixo. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram “Patrolar uma rua é como uma senhora varrer a casa. É tão fácil fazer isso”, disse Odílio em 21 de março de 2023. “Patrolar uma estrada é a mesma coisa que uma senhora varrer a casa, não faz mais do que a obrigação”, disse o vereador em 16 de abril de 2024. Para o MP-PR, as declarações são ofensivas à dignidade das mulheres, "reforçando estereótipos de gênero e menosprezando a luta histórica por igualdade de direitos". "Entre elas, há discursos indicando que caberia às mulheres fazer apenas afazeres domésticos, como obrigações e em obediência ao marido", afirma o órgão. Por isso, o órgão ajuizou uma ação civil pública contra o vereador, e afirma buscar reparação por danos morais coletivos. No processo, o Ministério Público requer a condenação do vereador ao pagamento de uma indenização por danos morais coletivos em R$ 60 mil, valor a ser destinado a fundos públicos focados na promoção da igualdade de gênero e no combate à discriminação. "Além disso, o MP-PR solicita que o vereador realize uma retratação pública, reconhecendo o erro e comprometendo-se a não reincidir em práticas discriminatórias", afirma. Leia também: Cortejo em Porsche e capela de cristais: Empresas de serviços funerários apostam no luxo e se destacam no Paraná VÍDEO: Homem bate em viatura e tenta atropelar policiais após ser abordado por violência doméstica, no Paraná Assassinato sem corpo: Especialistas explicam como Justiça trata desaparecimento de adolescente grávida no Paraná como homicídio O g1 tenta identificar a defesa de Zé Odílio nesta ação. Sobre o processo de homicídio, o advogado que defende o vereador afirma que está tentando reverter a decisão de prisão preventiva para que ele possa responder o processo em liberdade. O g1 também entrou questionou o posicionamento da Câmara Municipal de Reserva e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) no Paraná, e aguarda resposta. Zé Odílio (MDB) é vereador em Reserva Reprodução Fundamentos da ação civil pública De acordo com o Ministério Público, a ação civil pública se fundamenta na Constituição Federal, em tratados internacionais de direitos humanos como a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher e a Convenção de Belém do Pará, e também e em leis brasileiras que protegem os direitos das mulheres. "Embora não configure crime no Brasil, o discurso que promove discriminação contra mulher é considerado um ilícito civil. Como responsável pela proteção dos direitos de grupos vulnerabilizados, como as mulheres, o MP-PR busca a reparação por danos morais coletivos quando esses direitos são violados", ressalta o órgão. Na visão da Promotoria, as falas do vereador desrespeitam princípios constitucionais, como a igualdade de gênero, e constituem discurso de ódio "que não pode ser tolerado em um Estado Democrático de Direito". Réu por homicídio Zé Odílio se tornou réu na Justiça por homicídio triplamente qualificado. O parlamentar está foragido da Justiça e é acusado de matar o sobrinho-neto Diorgenes Fernando Ferraz Lemes, de 24 anos. O crime foi cometido em 5 de julho no velório de um familiar de ambos. Segundo as investigações, o jovem foi assassinado após cobrar uma dívida do tio. O agricultor Diorgenes Fernando Ferraz Lemes de 24 anos foi morto em Reserva (PR) Redes sociais Na denúncia, o MP-PR considerou os agravantes de motivo fútil, o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e o perigo comum, uma vez que o assassinato foi durante um velório do qual várias pessoas participavam. O processo tramita sob sigilo. Na época, o advogado responsável pela defesa do vereador afirmou que José Odílio "estava sendo ameaçado gravemente pelo sobrinho e temia por sua vida diante do histórico criminal do sobrinho". Em agosto, o vereador recebeu uma licença da Câmara Municipal que permite o afastamento dele das atividades legislativas por três meses. SAIBA MAIS: Justiça aceita denúncia contra vereador suspeito de matar sobrinho em velório em Reserva VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/campos-gerais-sul/noticia/2024/09/05/vereador-foragido-por-matar-sobrinho-no-parana-e-processado-por-falas-misoginas-em-sessoes-da-camara-video.ghtml


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