Apostas no Paraná: o que se sabe sobre operação que investiga empresa responsável por loterias do Governo do Paraná

  • 05/09/2024
(Foto: Reprodução)
Contrato de R$ 167 milhões prevê que grupo controle serviço no Paraná por 20 anos. Edson Antônio Lenzi Filho, sócio da empresa, e Thiago Heitor Presser, ex-sócio, foram alvos de mandados de prisão. Thiago Heitor Presser, 35 anos, foi preso com mais de R$ 70 mil em operação contra lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais Polícia Civil/Cascavel Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Pernambuco na quarta-feira (4) investiga a suposta participação da empresa PayBrokers, companhia que faz parte do consórcio que gerencia as Loterias do Estado do Paraná (Lottopar), em esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. O contrato de R$ 167 milhões com o Governo do Paraná prevê que o grupo controle o serviço por 20 anos. O governo estadual disse ter pedido esclarecimentos à PayBrokers e que estuda as medidas cabíveis. Leia detalhes a seguir. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram A Justiça expediu 19 mandados de prisão no âmbito da investigação. Entre os presos na operação está a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra. No Paraná, os alvos de mandados de prisão foram contra Edson Antônio Lenzi Filho, sócio da empresa de Curitiba, e Thiago Heitor Presser, ex-sócio. Thiago foi preso em Cascavel com mais de R$ 70 mil em diferentes moedas. Edson não foi localizado em Curitiba e é considerado foragido. O g1 tenta localizar a defesa de Edson Antônio Lenzi Filho e Thiago Heitor Presser. A seguir o g1 lista o que a polícia já sabe sobre o esquema e o que fala ser esclarecido sobre os envolvidos no Paraná. Leia também no g1: Cortejo em Porsche e capela de cristais: Empresas de serviços funerários apostam no luxo e se destacam no Paraná Polícia: Operação interdita abrigo de jogadores de futebol em Curitiba por falta de estrutura e higiene Vídeo: Homem joga pedras em veículos e acaba morto por motociclista com tiro na cabeça, em Foz do Iguaçu Empresas regulares de apostas foram usadas para lavar dinheiro de jogos ilegais De acordo com as investigações da Polícia Civil de Pernambuco, a organização criminosa usava as chamadas "Bets" – empresas de apostas autorizadas e regulamentadas – para lavar dinheiro de jogos ilegais, como o jogo do bicho. As investigações indicam que a PayBrokers, que afirma prestar serviços de facilitação de pagamentos de compras online, estava atuando como meio de pagamentos para jogos de azar no exterior do Brasil. "As várias células da organização criminosa também operavam no ramo de Bets. Mas o crime de origem, a gente ressalta que dizem respeito a esse jogos que não são autorizados pela legislação brasileira. Então, as Bets eram utilizadas pela organização criminosa também, além de outras empresas, na lavagem desse dinheiro ilícito oriundo desse ramo ilegal de jogos" explica o delegado-geral de Pernambuco, Renato Rocha. 'Lavagem de capitais' Segundo documento, as movimentações demonstram que 'há grande possibilidade da prática de lavagem de capitais' Artes/RPC A RPC teve acesso a um relatório da diretoria de inteligência da Polícia Civil de Pernambuco que detalha o esquema suspeito de lavagem de dinheiro dos jogos ilegais. O documento destaca que entre 2022 e 2023 a empresa "Sports Entretenimento e Promoção de Eventos Esportivos Ltda" recebeu mais de R$ 19 milhões e repassou o dinheiro a outras três empresas, entre elas a PayBrokers. De acordo com o relatório, a empresa curitibana recebeu o maior valor entre elas: quase R$ 10 milhões. Segundo o documento, as movimentações demonstram que "há grande possibilidade da prática de lavagem de capitais". O que não foi esclarecido sobre envolvidos no Paraná A polícia não deu detalhes sobre a participação de Edson Antônio Lenzi Filho e Thiago Heitor Presser no suposto esquema criminoso. Ambos foram alvos de mandados de prisão da quarta (5). Em nota, a PayBrokers afirmou que Edson "está em viagem profissional no exterior há vários dias". A PayBrokers disse ainda que está colaborando com as autoridades e que "disponibilizou espontaneamente todos os documentos e informações solicitadas dos clientes alvo da operação, permanecendo à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos necessários". De acordo com a empresa, desde março deste ano Pressner não é mais sócio do grupo. "A PayBrokers ressalta que atua como eFX e Instituição de Pagamento (IP) autorizada pelo Banco Central. Opera 100% em conformidade total com as melhores práticas do mercado, com soluções para centenas de clientes, sempre prezando pela segurança e integridade", diz a nota. O Governo do Paraná afirmou, por meio de nota, que solicitou esclarecimentos formais para a PayBrokers e que estuda as medidas cabíveis nesse momento, sendo uma delas a instauração de um processo administrativo. A nota cita que a "empresa foi selecionada em uma licitação pública, com ampla transparência". Deolane e outros alvos Entre os alvos da operação de quarta (5) estava a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra e a mãe dela. Em nota, a defesa de Deolane diz que ela está à disposição das autoridades para esclarecer os fatos e pede que seja respeitado o princípio da presunção de inocência. Foram expedidos 24 mandados de busca e apreensão no Recife (PE), Campina Grande (PB), Barueri (SP), Cascavel (PR), Curitiba (PR) e Goiânia (GO). Um mandado foi cumprido em Minas Gerais, onde um avião que saiu de São Paulo pousou. Outro mandado foi cumprido em um apartamento que pertence a Darwin Henrique da Silva Filho, CEO da Esportes da Sorte, plataforma de apostas online que patrocina times de futebol como o Corinthians, Athletico Paranaense, Bahia, Grêmio, Palmeiras, Ceará, Náutico e Santa Cruz. De acordo com o advogado Pedro Avelino, que defende Darwin Henrique, o CEO da Esportes da Sorte não estava no local, pois está viajando a trabalho. "O que aconteceu hoje foi um cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A gente vai se habilitar dentro dessa representação para entender todo o contexto. É importante registrar que a gente já se colocou à disposição da autoridade policial há mais de um ano e meio. Então, a gente acha estranho virem medidas tão gravosas como mandado de prisão, mandado de busca e apreensão, quando a gente desde o início da investigação vem cooperando com a polícia", disse o advogado. Por meio de nota, o Club Athletico Paranaense disse que tomou conhecimento da operação envolvendo o patrocinador master do time, Esportes da Sorte. "O Clube esclarece que buscará a completa apuração dos fatos junto a empresa e as autoridades antes de qualquer posicionamento", diz a nota. VÍDEOS: Mais assistidos g1 Paraná Leia mais notícias do estado em g1 Paraná.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2024/09/05/apostas-no-parana-o-que-se-sabe-sobre-a-operacao-que-investiga-empresa-responsavel-por-loterias-do-governo-do-parana.ghtml


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